“Uma manhã ele encontra as cartas que ela lhe enviava todos os dias. Apesar de todo o tempo passado, redescobre, página a página, o amor insensato e destruidor que lhes deixava o coração e a alma nus. São cartas belas e loucas, escritas em movimento vasto e exaltado do génio amoroso, cheias de atropelos e de gritos, onde os corpos se entrelaçam e gozam, mas onde cada palavra é uma suplica. Porque agora é que ele se apercebe disso:  todas estas cartas continham em filigrana um pedido de socorro e reclamavam o fim do suplicio de um amor total e demente. “

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