Separação!

“Ela partiu. Ele dorme um sono sem sonhos. No quarto, uma grande desordem. Revistas e roupas pelo chão. O amor totalmente esgotado, não existe um recanto de si próprio que não se encontre devastado. Está a dormir há muito tempo. A sirene de uma fábrica apita mas ele não se mexe. Não ouve. O seu sono é de puro esgotamente. Um só dos dias de ambos eram dez mil anos. Quando acorda, olha em volta. Tudo voltou ao normal. Vê as coisas como antes, antes dela. O armário, a cadeira, retomaram o estatuto de objectos obstinados e impenetráveis. Avalia então o quanto o amor deles era profundo e tornava todas as coisas extraordinárias.”

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